domingo, 19 de fevereiro de 2012

Egipto: Salafistas consideram Bahá’ís uma ameaça

Abdel Moneim al-Shahat
Um porta-voz do movimento Salafista em Alexandria disse que a minoria religiosa Bahá’í representa uma ameaça à segurança nacional do Egipto.

Abdel Moneim al-Shahat, conhecido dirigente Salafista e ex-candidato parlamentar, disse que o Estado deve agir para se proteger contra os que que afirmam que a Fé Bahá’í é uma religião. Anteriormente, na sequência da violência que se seguiu a um jogo de futebol Port Said, Shahat tinha afirmado que ver e jogar futebol é proibido pelo Islão.

"Vamos processar os Baha’is e acusá-los de traição", disse Shahat, num telefonema para o canal de TV Dream 2. "Nós, como salafistas, recusamo-nos a lidar com os Bahá’ís, porque eles não existem em virtude da sua fé."

De acordo com Shahat, os Bahá’ís não têm direitos sob o Islão, porque eles não são uma religião e não são reconhecidos como tal, e a nova Constituição não deve incluir qualquer emenda que proteja os seus direitos. Para justificar a sua decisão, citou uma declaração Al-Azhar, afirmando que os Bahá’ís não são muçulmanos.

Grupos de activistas de direitos humanos dizem os Bahá'is enfrentam discriminação sistemática no Egipto, país árabe conservador, que não reconhece oficialmente a fé. Em 2008, os Bahá'ís conseguiram o direito de obter documentos de identidade oficiais que omitem qualquer referência à sua fé.


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FONTE: Shahat: Baha'is threaten Egypt's national security (Egypt Independent)

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